As candidaturas do Partido Comunista Brasileiro apresentam um programa rico sobre a cidade de Santos. Leia e divulgue!
A trajetória do Partido Comunista Brasileiro (PCB), fundado em 25 de março de 1922, é parte constitutiva da história do Brasil. Se, na sua gênese, convergiram os ideais libertários do nascente proletariado, no seu desenvolvimento e consolidação foram sintetizados os processos de maturação de uma organização política que buscava (e ainda busca até hoje) conjugar em suas fileiras os mais destacados dirigentes das lutas dos trabalhadores e representantes da intelectualidade e da cultura brasileira. Em Santos, cidade conhecida outrora como “A cidade vermelha” devido à presença maciça de comunistas e outras forças progressistas que visavam a transformação radical da sociedade, a atuação do “Partidão” também foi de protagonismo nas insurreições pelos direitos trabalhistas no Porto, nas fábricas, no comércio, etc. Antes da ditadura militar conseguiu eleger diversos vereadores dado o reconhecimento de seus militantes que se tornavam candidatos.
A partir do golpe de 1964, quando a burguesia não tolerou o anúncio das reformas de João Goulart, o trabalho do PCB se tornou cada vez mais difícil. Além de o movimento comunista ter sofrido diversos rachas, os mandatos eletivos do PCB em todas as cidades foram cassados e o partido foi posto na ilegalidade. Embora o PCB não tenha aderido às ações armadas (como as guerrilhas, assaltos e sequestros), após o sufocamento destas por parte da ditadura o partido passou a ser um dos alvos preferidos dela. Em Santos, a existência do navio-prisão Raul Soares cumpriu a função de abafar qualquer trabalho até mesmo sindical. O Porto chegou a ser um dos lugares de tortura. Com o “desaparecimento” de militantes, as dissimulações de assassinatos (no caso de Herzog tentaram simular um suicídio por enforcamento), e os exílios, o partido enfraqueceu-se, desfigurou-se, e ficou permeável às infiltrações: em 1992 o PCB foi quase liquidado por oportunistas.
Os militantes remanescentes de 1992 conseguiram segurar a existência do partido no sentido político, e obter o reconhecimento jurídico. Entretanto era um partido “nanico” que, embora riquíssimo em sua história, não tinha mais a inserção na sociedade brasileira como em décadas anteriores, muito menos densidade eleitoral; o fim da União Soviética, a reliberalização de todo o leste europeu, e as vicissitudes do chamado período especial em Cuba atrapalharam em muito a opinião pública acerca da palavra “comunismo”. O PCB se voltou para sua autodepuração, melhor conhecimento da realidade brasileira e internacional. Em 2002 participou da chapa eleitoral de Lula, rompendo em 2004 para ser oposição de esquerda a ele. Também em 2002 o PCB recebe um mandato de vereador através de um suplente (Uriel Villas-Boas), devido ao falecimento da vereadora titular, ficando com o mandato até 2004. Foi a primeira e última vez que o PCB teve um mandato no legislativo de Santos e de toda a Baixada Santista após a ditadura militar.
Os congressos partidários de 2006, 2009, 2014 e 2020-22 (interrompido pela pandemia da COVID-19) serviram para reafirmar o compromisso histórico do PCB com a classe trabalhadora e a revolução brasileira, intensificando suas ações nos movimentos sindical, estudantil, antirracista, de moradia, e mais recentemente indígena e LGBT.
Vamos juntos construir a revolução brasileira a partir de Santos!
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